terça-feira, abril 07, 2009



Lágrimas

As lágrimas
que foram contidas
Fazem consagração
ao aborto d´um choro
Pelo frágil grão de dor
proibido de brotar

As lágrimas
vertidas na escuridão
São o pranto engolido
Em doses de bebidas
Licor meio amargo
degustado ao anoitecer

As lágrimas
que choramos a dois
Mistificam as horas
Da espera entristecida
Antes do sepulcro
do inevitável amanhecer

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