
Sonho Maluco
Num campo de capim arrepiado
Estando o mistério espalhado
Corria um velho mal encarado
Brilhava longe a lâmina da espada
Que num medo já revelado
presumia-se muito bem afiada
Vendo que ia me ferir o desgraçado
Não escolhi o norte da disparada
Avistei a ladeira como uma aliada
Só parei após sumir o invocado
Quando voltou a respiração afetada
Saí em busca de uma outra balada
Estava já refém de renovada bobeada
Mas alguém deu generosa sacudida
e suando gelado eu fui acordado ...
3 comentários:
Caro Ivan,
Literalmente um pesadelo, mas há coisas a serem olhadas de perto metaforicamente, a fuga pela relva eriçada, de um velho mal encarado, e o arfar até acordar...Hummmm. Dá pano pra muitas reflexões.
Bom poema, como sempre.
abraços.
Ivan, desculpe-me pela demora em responder. Só consigo saber dos comentários quando abro a minha caixa de e-mail bol, que sequer uso. Assim, só agora tomei conhecimento. Uma falha que preciso resolver.
Mas, somos realmente Dons Quixotes. Contudo, a poesia desneurotiza e, assim, quebra os convencionais paradigmas aos quais somos obrigados a aceitar.
Que bom que existimos, né?!
Já viu sonho normal?
sonho é sempre maluco
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