IVAN CEZAR INEU CHAVES , Brasileiro, natural de São Sepé/RS Advogado, formado em 1987 pela Faculdade de Direito de Bagé Morou e estudou no Uruguai Foi Procurador do Município de Sant´Ana do Livramento Presidente da Subseção da OAB de São Sepé Presidente da APAE de São Sepé Presidente da SER IGUAÇú de São Sepé Tem trabalhos literários publicados nos sites OVERMUNDO e RECANTO DAS LETRAS e inúmeras crônicas jurídicas veiculadas nos sites JUSBRASIL e ESPAÇO VITAL
domingo, dezembro 23, 2012
2012 começou e está terminando como sendo um ano muito complicado em minha vida. Muita coisa que não cabe nem mesmo nos indecifráveis espaços da poesia. Tanta coisa, que o silêncio e o resguardo acabaram sendo a melhor opção . Talvez a melhor ...
Mas se o momento é de clausura, inclusive para o ciclo de tempo que se vai - que vá - seja lá passado já ...
Eu cumpro com o dever - ao menos por urbanidade e carinho com quem visitou este Blog mesmo sem ter muita novidade para ler - de desejar um FELIZ NATAL e que o ano de 2013 possa ser bem melhor do que foi o ano que passou . Como já disse CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE o ano novo nos induz à esperança de renovação e de acreditar que daqui para a frente , vai ser diferente !!!
quarta-feira, dezembro 05, 2012
quarta-feira, novembro 28, 2012
Sobre o fim do mundo ...
Se creditadas as versões de alguns fatalistas estamos todos condenados aos nossos últimos instantes de existência neste planeta . Assim como em outros momentos da história, profecias indicam o fim dos tempos . Será chegada a hora , portanto , de dizer adeus ...
Ou não ...
Há outros , nem tão fatalistas assim , que interpretam as profecias com outra dimensão menos catastrófica . Dizem eles que haverá tão só uma grande modificação tanto no planeta quanto na espécie humana.
Não haverá o fim do mundo.
Dizem eles que a data esperada no mês de dezembro servirá para que sejam reencetadas novas relações entre nossa espécie e a terra . Que o homem entenderá sua inserção como um ser universal e não apenas como um usuário predador do planeta.
Alguns colocam a ferver no mesmo caldeirão conceitos da Bíblia Sagrada com Profecias de Nostradamus e interpretações variadas do calendário Maia. Ufólogos, pesquisadores, arqueólogos, enfim, inúmeros personagens dão suas cotas de opinião.
Homens proeminentes como Aldous Huxley entregaram grande contribuição à diferenciação entre um modelo de ciência material, quase ateia , e outro de ciência esotérica, ressonante e transcendental . Particularmente eu aceitei macerar esse pensamento crítico quando , há alguns anos , li o “Elogio da Loucura” de Erasmo de Rotterdam.
Passei a acreditar que a ciência pura e exata não traz felicidade e dei muito crédito às conclusões de Erasmo . Desde então me somei àqueles que pensam que a fé e o misticismo podem – e devem – conviver com a ciência exata e que há um fundo de verdade em todas as previsões esotéricas.
Uns desacreditam totalmente disso tudo, enquanto outros acreditam tanto nas previsões que até formaram comunidades prontas para esperar ( e enfrentar ) as datas apocalípticas. Nestes momentos , alguns fazem discursos religiosos inflamados e outros exercem moderação e conciliação de conceitos longe de livros sagrados ou templos decorados. E há , por fim , os que ficam totalmente indiferentes.
Você, que se deu ao trabalho de ler este pequeno texto, certamente , se não havia ainda escolhido um desses grupos para se filiar, sairá dessa leitura com a sensação de quem realizou uma escolha e saiu “de cima do muro”. Nem que seja pela seara da indiferença ...
terça-feira, outubro 23, 2012
quinta-feira, agosto 30, 2012
ERROS E ACERTOS
Eles são comuns em toda e qualquer história de vida e podemos afirmar que nossa existência está atrelada aos erros e aos acertos. Apenas variações de intensidade e de alternância temporal fazem a diferença das biografias . De certo modo, somos – todos - uma fria e objetiva síntese desses dois conceitos.
Se as palavras pudessem resumir o extrato do que já foi vivido, parece crível que esses dois vocábulos se apresentariam como anfitriões aptos para receber a visita de muitas outras palavras, a eles associadas . Errar e acertar, por exemplo, nas escolhas – quer melhor palavra que essa: a escolha .
Escolher certo ou errado o produto que foi objeto de tão longo desejo pode não ser tão nocivo quanto escolher errado a pessoa a quem confiamos nossos mais caros segredos ou hipotecamos nossa mais sublime solidariedade.
E o que dizer da palavra decisão quando associada a esses dois vocábulos. Erramos ou acertamos nas nossas decisões , implicando isso em tantos desdobramentos quanto possíveis dentro do leque da razão humana ou da imprevisibilidade atrelada à irracionalidade de certos eventos ...
Acertamos sempre quando cultivamos o melhor de nós em prados alheios e erramos sempre quando julgamos precipitadamente aquilo que não entendemos em território estranho.
Aprendemos muito quando aceitamos sem o ranço do rancor os erros passados e erramos na mesma proporção quando vencidos pelo orgulho repetimos tropeços apenas vestidos com roupagem diferente, mas comparecendo à mesma festa do mesmo e imutável demônio.
Duas – só duas – expressões que me inspiram a escrever este texto , num momento em que vencido um fragmento significativo do tempo de estadia que Deus me concede , olho para trás e tenho de me submeter ao balanço. É a contabilidade comum aos vivos, da qual não me arredo, errando ou acertando , mas escrevendo sobre a parte que me toca na amplitude da extensão semântica desses vocábulos.
quinta-feira, agosto 02, 2012
terça-feira, julho 03, 2012
sábado, junho 02, 2012
terça-feira, maio 22, 2012
Por nada
Foi por quase nada
Que na curva da meia noite
Quando o desejo batendo
Tal ventania em açoite
Afastou-se da estrada
E lançada à própria sorte
Aprendeu a andar correndo
Apressada e estabanada
Foi desenhando o recorte
Que sempre beira a balada
E, então , por quase nada
Enfrentou-se com a morte
Na escuridão assustada
Sem noção alguma do norte
Murmurava a voz deitada
Foi por quase nada
Que na curva da meia noite
Quando o desejo batendo
Tal ventania em açoite
Afastou-se da estrada
E lançada à própria sorte
Aprendeu a andar correndo
Apressada e estabanada
Foi desenhando o recorte
Que sempre beira a balada
E, então , por quase nada
Enfrentou-se com a morte
Na escuridão assustada
Sem noção alguma do norte
Murmurava a voz deitada
quinta-feira, abril 12, 2012
Energia solta
As tais das bombas,
a explosão e seus fogos
O fascínio ou o arrepio
da liberada energia
Fogueira em artifício
Rasga pensamentos
ou traz delirantes sonhos
É tanta luz e força
a fazer logo a alegria
Sabes sem ela
se imolam os raios
Sequer se criam
vãs rimas à Maria
Na tela preta
se ocultam os pontos
São estrelas em confraria
Venham fogueira e frio !
para gerar sua cria
Que o vento logo
Espalhará seus contos
sexta-feira, março 16, 2012
Teatro da vida
A cidade inteira
É como um cenário
Onde como protagonistas
Eu atuo e tu atuas
Cada um à sua maneira
Uma jornada , um horário
E também outros artistas
Representando nas ruas
Cena lenta ou ligeira
Espetáculo hilário
Atenção dos articulistas
E as emoções nuas
Tudo escrito na beira
Na margem do dicionário
Que deixa as pistas
Do fim das dores tuas
A cidade inteira
É como um cenário
Onde como protagonistas
Eu atuo e tu atuas
Cada um à sua maneira
Uma jornada , um horário
E também outros artistas
Representando nas ruas
Cena lenta ou ligeira
Espetáculo hilário
Atenção dos articulistas
E as emoções nuas
Tudo escrito na beira
Na margem do dicionário
Que deixa as pistas
Do fim das dores tuas
sexta-feira, março 09, 2012
PRECONCEITO
A FICÇÃO e a vida REAL se encontram em determinados momentos. No filme estrelado por TOM HANKS o personagem fica preso no terminal de um aeroporto, impedido de entrar nos EUA . Pois esta semana repercutiu muito o caso de uma senhora brasileira - idosa com 77 anos - que ficou retida no aeroporto de Madrid, impedida de entrar na Espanha pelas autoridades de migração . Há um receio doentio dos europeus com a migração de latinos. É óbvio que o contexto atentatório à dignidade humana provocou reações aqui no Brasil. Mas só quem já viajou à Europa sabe que isso é comum - mais que comum, aliás .... Nos 15 anos da minha filha Thaís fomos interpelados por um policial português que disparou "Ora, porque estou a ver tanta gente??" , ao que respondi - POIS É MINHA FAMÍLIA E ESTAMOS VIAJANDO JUNTOS PARA COMEMORAR OS 15 ANOS DE MINHA FILHA ..... passamos, mas poderíamos ter ficado .... Os europeus que saquearam nosso continente - literalmente exploraram minas de ouro, prata, diamantes e sugaram nossos produtos florestais e primários, agora nos tratam com xenofobia, com racismo e preconceito social . Asqueroso .....
terça-feira, fevereiro 07, 2012
SONETO DIFERENTE
Saindo de férias ( saliendo de vacaciones )
SONETO DIFERENTE
Pois vou dar luz a um poema
Que seja simples o suficiente
E sonho que ele vire emblema
De um sentimento incipiente
Terá de ser um poema barato
Versos que não custem caro
Produzindo um valor abstrato
Imune à saciedade e ao enfaro
Darei vida a um verso diferente
Que seja visto como um lema
Sem dispêndio e sem maltrato
Será um soneto que sem problema
Cantará como criança irreverente
A canção que não coube no retrato
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quarta-feira, janeiro 25, 2012
Sobre o dever
Dever, é assim como querer
Que não me venha o castigo
É como antever um parecer
Das letras frias que eu mastigo
No papel que me julgo merecer
É discussão que tenho comigo
Um retrato do que não vou ter
Sombra escura com quem brigo
E uma analogia com o teu ser
Sim , tu carregas presas contigo
As cartilhas que eu devo ler
Para vergar o inimigo do abrigo
segunda-feira, janeiro 09, 2012
Há no Ar
Imagem da web
Há no ar
Há no ar uma outra poluição
Das piores,
Das bem nocivas
Não vem das chaminés
Diversidade de efluentes
Todos podres
Mas trazem também destruição
Na voz de pessoas decisivas
Nada a ver com o camponês
Se dizem todos influentes
São pobres
Ventos gêmeos da perdição
Fixam fronteiras_divisas
De um arranhado português
Maltratado por indiferentes
Pesos nobres
No vale-tudo da imposição
Trincheira de lavras incisivas
Semeadura de muitos porquês
A ambição é regida em brilhantes
Cofres_cobres
Há no ar
Há no ar uma outra poluição
Das piores,
Das bem nocivas
Não vem das chaminés
Diversidade de efluentes
Todos podres
Mas trazem também destruição
Na voz de pessoas decisivas
Nada a ver com o camponês
Se dizem todos influentes
São pobres
Ventos gêmeos da perdição
Fixam fronteiras_divisas
De um arranhado português
Maltratado por indiferentes
Pesos nobres
No vale-tudo da imposição
Trincheira de lavras incisivas
Semeadura de muitos porquês
A ambição é regida em brilhantes
Cofres_cobres
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