terça-feira, agosto 17, 2010


Guerreiro

Encarnação de povos bárbaros
Tremulavas guerras ao vento
Eras o soldado bem comandado
Em batalha de chão emprestado

Ruminavas a carne e o sangue
No grande banquete do avarento
E seus muitos ingredientes raros
Servidos no front encomendado

Fazendo história em ritmo lento
Formavas a legitimada gangue
Que captura os perfumes caros
Em qualquer combate planejado

Acuado pelo ruído dos disparos
Não ouviste da viúva o lamento
Nem o choro eterno e abortado
Do piá refugiado lá no mangue