IVAN CEZAR INEU CHAVES , Brasileiro, natural de São Sepé/RS Advogado, formado em 1987 pela Faculdade de Direito de Bagé Morou e estudou no Uruguai Foi Procurador do Município de Sant´Ana do Livramento Presidente da Subseção da OAB de São Sepé Presidente da APAE de São Sepé Presidente da SER IGUAÇú de São Sepé Tem trabalhos literários publicados nos sites OVERMUNDO e RECANTO DAS LETRAS e inúmeras crônicas jurídicas veiculadas nos sites JUSBRASIL e ESPAÇO VITAL
segunda-feira, abril 26, 2010
Poema do Giro
É óbvio que a esfera gira
Tudo está a arrodear
A massa é movimentada
Nem tua idéia é linear
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Pensadores ardem na pira
E as vozes a alardear
A redonda vista marcada
Do previsível limiar
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Mas tudo gira e vira mira
Até a pomba invulgar
Da crença desrespeitada
Rodopia sem cessar
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Gira–gira e a cabeça vira
Teu mundo é circular
Há um ciclo sem parada
Um círculo espetacular
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Pois se a esfera se faz tira
É só a fatia do bailar
Na grande pista aterrada
Que te incita a especular
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sexta-feira, abril 23, 2010
Agora estás exposta
aos olhos do mundo
Já foram flagrados
teus amores secretos
E a noite devorou
teus mil segredos
Todos teus desejos
São rasos conhecidos
Dá adeus, despede-te !
Dos encontros clandestinos
Caíste nas lentes
do olho indiscreto
Agora estás nua
no centro do maior teatro
Partiu o espelho
em que te vias invisível
Na enorme platéia
só há olhos cretinos
E tua vida é o espetáculo
desta vil exibição
Logo tu que julgavas
o olhar como previsível
Não acreditavas
nos espiões escondidos
Agora partiu o cristal
O vento sacode os panos
aos olhos do mundo
segunda-feira, abril 19, 2010
Teu quarto
Aquela peça é cheia de enredos
Nada é mais sombrio, mais escuro
Do que as fronteiras do teu quarto
Cubo hermético de segredos
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Caixa forte de todas as paixões
Pequeno espaço d´ampla ilusão
Das ocultas e reveladas verdades
Do sono impiedoso,do amor em vão
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Estojo em veludo dos teus prazeres
Vestíbulo de descanso da sensata mão
Se faz cárcere silencioso dos rancores
Ou teatro (sem platéia) de fantoches
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Luz de ator que recusa aplausos
Diminuto palco de uma vida
E das outras vidas que te fazem
Apenas mais um títere dentro dele
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quinta-feira, abril 15, 2010
Estou resgatando esta postagem que estava esquecida lá no início do Blog, propiciando a leitura para todos os seguidores. Espero que gostem.
RENDIÇÃO
Quando um dia
eu for te ver
Novamente,
uma outra vez
Dessa vez
vou querer ser
Definidamente,
sem o talvez
E já prestes
a me converter
Sairei do templo
da escassez
Timidamente
vou me render
Ao tempo
pelo que ele fez
Ao amor
sem me arrepender
quinta-feira, abril 08, 2010
O SILENCIO
merece um poema
Merece ser o ator
O artista principal
Protagonista de muitas coisas
Porque nele se escondem elas
As perguntas sem resposta
E respostas sem voz ou palavra
O silêncio
desmerece um lema
Destrói uma confiança
Firmada e afirmada
Num régio pacto
de fidelidade
Em seus muros
encerra o nada
Os sentimentos encarcerados
Em obra
de mui forte concreto
O silêncio
aqui não é só o tema
É muito mais
que ruído abafado
Porque também aprova a tudo
Até reprova
sem velado murmúrio
E diz tudo
sem nada ostentar
Apenas ele,
tão quieto ,
tão discreto
Ele,
o silêncio ...
sexta-feira, abril 02, 2010
Nem bem o sol raiou e deu para ouvir o barulho do caminhão e um grito do operário que recolhia o lixo da casa, seguindo sua maratona pelo norte da rua . No dia anterior, o médico havia determinado um repouso e , como convém , a desobediência de advogado, havia produzido horas de trabalho examinando peças de um processo complexo. Sim, um processo complexo, que para quem não sabe, se resume em briga grande ...