IVAN CEZAR INEU CHAVES , Brasileiro, natural de São Sepé/RS Advogado, formado em 1987 pela Faculdade de Direito de Bagé Morou e estudou no Uruguai Foi Procurador do Município de Sant´Ana do Livramento Presidente da Subseção da OAB de São Sepé Presidente da APAE de São Sepé Presidente da SER IGUAÇú de São Sepé Tem trabalhos literários publicados nos sites OVERMUNDO e RECANTO DAS LETRAS e inúmeras crônicas jurídicas veiculadas nos sites JUSBRASIL e ESPAÇO VITAL
quarta-feira, abril 01, 2009
Deixo-lhes este conto "meio erótico" ...
Bota mais ...
Evidentemente que nossa “estória” possui nomes e lugares fictícios, afinal o escriba não quer se comprometer mais do que no limite de suas impulsividades com o vocabulário. Na cidade de São Trento, que fica a uns trezentos quilômetros a sudoeste de Porto Alegre vivia um casal de caipiras. Ele se chamava Oriuvando e ela Genoveva.
O casal migrou do campo para a cidade, pois movidos pela ambição pensavam que iriam progredir mais vendendo frutas e legumes na feira do que cultivando-as na roça. Afinal dizia Oriuvando – “Muié, a gente nem percisa di pagá alugué na rua pra modu di vendê as fruta” . Limitaram-se a alugar um barraco na periferia, onde se acomodaram e para onde retornavam à tardinha depois do trabalho e costumavam deitar para fazer sexo, ao entardecer,já que no outro dia a saída era na madruga para disputar espaço na feira de rua . A atividade sexual logo foi descoberta pelos pirralhos da vizinhança que transformaram aquilo num espetáculo erótico e se reuniam acomodados na proximidade da janela para escutar os gemidos e o som do amor em profusão pós-feira ...
Certa tardinha, trazendo um volume de abóboras que encalharam e que estavam já muito maduras , portanto já prestes a estragar, o casal resolveu não perder o produto e reduzir o prejuízo fazendo doces – tipo geléia – para vender em vidros na feira.
Chegando em casa colocaram tudo n´uma grande panela e se puseram a confeccionar o doce de abóbora. Genoveva com uma colher de pau na mão e Oriuvando encarregado de ir dosando e alimentando a panela com açúcar e pedaços picados da abóbora, até o momento de se atingir o “ponto” do doce.
Na janela, postados com os ouvidos colados à madeira do casebre, os pirralhos ouviam os gritos de Genoveva que exclamava – “Bota mais Oriuvando” , ao que ele respondia – “Mexe , mexe Genoveva” ... para excitação total da platéia que do lado de fora imaginava uma cena bem diferente da que ocorria no lado de dentro .
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