quinta-feira, novembro 26, 2009

( imagem da WEB )

Vida e Poesia

Ele voava e tinha super poderes
Enfrentava inimigos de plástico
Só temia o efeito da criptonita
Mas conjugou o verbo crescer

oooOOooo

Vieram novos amigos e prazeres
Ele abdicou do mundo fantástico
Balançou na variedade da melanina
Até o limite da arte de entender

oooOOooo

Logo aprendeu a apurar os haveres
Bailou no salão do cofre frenético
Então precisou ingerir a vitamina
Para a saturação do verbo vencer

oooOOooo

Quando viu o cabelo desmerecer
Sentiu a voz de um sujeito patético
Que avisava a passagem da menina
No rumo de outra cama a estender

oooOOooo

Ele imune a todos os falsos dizeres
Maturou versos n´um tom estético
Para dar cria à uma poesia cristalina
Na penúltima dança do verbo viver


sexta-feira, novembro 20, 2009


L I B E R D A D E


A miopia é um subproduto
da desatenção
Viver a pleno é olhar
Fechando antes os olhos
Entender que não só a grade
faz a linha da prisão
Buscar a verdade
na trilha dos atalhos

Festejar pelo simples andar
é mera ilusão
No quadro já pintado
só sobram retalhos
A liberdade se esconde
Na cortina da contemplação
D´um mundo invisível
e de segredos velhos

Imperceptível na cela escura
Mas em plena expansão
Se buscas ser livre
foge dos vivos espelhos
Conjugarás os verbos
desprezando a razão
Livre, enfim, serás
do rol dos perdulários

quarta-feira, novembro 18, 2009

(imagem da web)

MASSAS DE MANOBRA

Na rígida elasticidade
Erétil do fio da navalha
Deslizavam ocas
Elas - as ideias

Fatiadas com felicidade
Ao coro de vento canalha
No cio das fofocas
Eram pobres aldeias

Sem visita da especialidade
Muita massa se espalha
Na vastidão das malocas
Jardim de damas feias

É implacável a vil maldade
Lâmina inimiga da falha !
Picando bocas
Moldando teias ...

segunda-feira, novembro 09, 2009


Os muros

Empurrar os muros
É necessária essa força
A força de empurrar
Alguns muros
Eles foram concebidos
Para isso também
Cumprem sua missão
Sem dúvida alguma
Sempre separam
Asilam e isolam
Coisas , gentes ...
Almas e amores
Crescem e imponentes
viram muralhas
Outros, porém,
Não são impotentes
Resistem e empurram
E quando muitos
A eles se somam
Que bom,são várias forças !
E então , eis que caem
os malditos muros !

quarta-feira, novembro 04, 2009


( como é .... e como era o Hotel de Beira ....)



Cidade da Beira


Na Africa pobre

Na cidade de Beira

A beira do caos

Na vasta poesia

A verdade é inteira

Na prática dos maus

A repetida besteira

Da América nobre

Os nervos à beira

A miséria nas naus

Naves na esteira

Viagem que encobre

Vidas no caos

Humana ladeira !